É interessante quando observamos os comportamentos humanos.
Hoje mesmo estava conversando com minha tia que precisa engordar 10 kilos e acha isso difícil, e eu louca para emagrecer este mesmo tanto. Parece que, o que é tão fácil para uns, é tão massacrante para outros.
É claro que temos nossas preferências naturais e naquilo que fazemos por prazer, se torna mais fácil mesmo. Isso explica por que comer é tão fácil para mim, enquanto para esta tia é tão difícil. Porém, neste mesmo contexto consegui um grande empurrão rumo a minha meta ao apostar com um amigo de infância quem conseguiria emagrecer mais em um mês.
A meta é a mesma, a dificuldade de fazer uma dieta é a mesma, só que agora tem um elemento competitivo e lúdico que me leva a ter um resultado muito melhor. Afinal o vencedor ganhará pontos e no acúmulo destes pontos poderei escolher as atividades que faremos (no grupo de amigos de infância) e quem perder ainda terá que bancar financeiramente. O mais legal? É que na verdade os dois vão ganhar, pois certamente o emagrecimento e ganho de saúde esta implícito neste jogo.
O fato é que quando fazemos da vida um jogo, o jogo da vida nos revela poderes. Gostamos de competir e vencer e isso não nos tira nossa cooperatividade, apenas nos permite levar a tona nossas habilidades e conquistas, a superar nossas expectativas e busca de reconhecimento, ainda que seja de nós mesmos. Sem contar que a nossa busca maior é pela
diversão, afinal se divertir é sempre melhor que qualquer sacrifício não é mesmo?
Por isso que essa vida em formato de jogo esta fazendo tanto sucesso nas empresas, ou seja a Gamificação, ou “Gamification”, que foi cunhado por Nick Pelling em 2003, cuja metodologia se tornou uma poderosa ferramenta de negócios já tornou cidades mais bonitas em competições de ornamentos mais bacanas ou criou escadas com sons para alegrar a vida das pessoas em espaços públicos.
Gamification é o uso de elementos de jogos, ou técnicas de design de jogos, em contextos não relacionados ao ambiente do jogo. No livro Gamification for the clueless (algo como “Gamification para os sem noção” =D), Josh Halliwell conclui que “Gamification é, na verdade, encontrar a diversão, encontrar os aspectos ‘jogáveis’ de um problema, quaisquer que sejam, e usá-los para criar um ambiente que mova as pessoas um pouco mais em direção a um objetivo que tenham criado”. Gamification é, portanto, uma maneira de motivar pessoas em situações difíceis ou tediosas por meio de elementos lúdicos.
Agora imagine que estes elementos lúdicos estejam completamente envolvidos com arte e cultura. Não é ainda melhor? Os artistas buscam o autoconhecimento através da arte e isso faz com que busquem a essência da qual a arte deles fará surgir às criações de cada um. A intuição também se manifesta e pode agir como força determinante.
Além do mais, a arte permite um silêncio interior que não nos permitimos em meio ao barulho do stress do dia a dia, além de expandir consciência e percepção e, por consequência, obter melhores resultados. É como em uma corrida de carros, onde as paradas para troca de pneus permite melhor desempenho no decorrer da prova.
Neste processo, atividades chatas e sem sentido passam a ser mais divertidas, envolvidas em um ambiente de arte e abastecimento interior para resultados exteriores. Assim permitimos frutificar os nossos talentos, potencializar resultados e criar um ambiente favorável e com grandes engajamentos.
Ou seja, uma vida muito mais divertida e cheia de desafios e arte!
Fernanda Dutra é Formada em Administração de Empresas pela Universidade Paulista e Artes Plásticas pela Escola Panamericana de Arte. Pós-graduada em Gestão Estratégica de Pessoas e em Marketing ambas pelo Mackenzie. Pós – graduada em Transdisciplinaridade em Educação, Saúde, Liderança e Cultura de paz pela Universidade da Paz.