Sou pedagoga formada a 26 anos e venho realizando trabalhos de desenvolvimento, educação e formação de adultos durante todos estes anos. Meu maior desafio esta em despertar no outro, o que ele tem de melhor, suas experiências, suas historias de vida e talento. Sabemos que o conhecimento esta dentro de cada um de nos, basta estarmos em contato com ele. O Homem, assim como a natureza dependem de estímulos para desabrochar “como lâmpadas de Aladim”, assim disse o Prof. Taunay Daniel em sala de aula, precisamos ser tocados para despertar o nosso “Gênio”, a nossa luz. Precisamos nos conhecer e descobrir o nosso talento, o que ha de melhor em nos pra despertar nossos potenciais Gênios. Ter uma boa conversa, ouvir uma musica, assistir a um filme, apreciar a natureza ou realizar uma atividade física, vão nos proporcionar este autoconhecimento.
Autoconhecimento significa conhecer a si próprio, aquilo que nos faz feliz, o que nos tira o equilíbrio, o que nos motiva e faz acordar cedo pra trabalhar ou estudar. Conhecer o que nos fortalece nos proporciona buscar equilíbrio na vida, encontrar a plenitude e melhorar nosso relacionamento com as pessoas e com a natureza.
Os indivíduos possuem maior facilidade de aprender, e compreender o que esta ao seu redor quando fazem sinapses com suas experiências passadas, por isso digo sempre que devem colocar a sua neurologia a disposição de situações e experiências novas. O que leva ao aprendizado e que nos torna diferentes uma das outras, e’ a forma como nos relacionamos com o mundo, com as pessoas e com a natureza. Fazer uma viagem, experimentar novos temperos, e sabores ler sobre assuntos diferentes do cotidiano, visitar pessoas distantes, dançar, saltar de paraquedas ou nadar em alto mar desde que sejam experiências novas e que vão contribuir para o aprendizado futuro. Aquilo que fazemos no cotidiano, e que virou habito, não gera mais aprendizado.
A neurociência explica que um dos princípios da aprendizagem, esta na associação que nosso cérebro faz das coisas, por exemplo se falamos em refrigerante, seu cérebro associa ao refrigerante que você mais conhece e gosta, o mesmo vale para palha de aço, sabão em pó, amaciante e tudo mais que você já experimentou na vida. Quando me refiro a um conceito, ou uma nova informação, o cérebro aprendiz vai buscar uma experiência passada para fazer associações. Portanto se nosso cérebro só aprende com base em experiências passadas, ora como vamos aprender coisas novas? Experimentando coisas novas, formas novas de ver o mundo ou uma determinada situação. Algumas pessoas têm a maior dificuldade em promover mudanças por medo da adaptação e apego ao velho e conhecido, ai fica difícil aprender e crescer.
Quanto mais eu coloco a minha neurologia a disposição de situações novas e desafiadoras mais eu farei sinapses com elas no futuro e portanto maior será a minha oportunidade de desenvolvimento. ‘E como se tivéssemos que formar um estoque de informações e experiências de vida.
O que nos torna um executivo de sucesso, um motorista feliz ou um jardineiro realizado, não esta apenas na formação acadêmica, nos livros que lê ou nas escolas que frequenta, está nas experiências vividas e na observação da natureza. Pra isso precisamos estar abertos, focados no novo, questionar o que conhecemos e abrir a mente e o coração para termos outras e novas percepções.
Nossas crenças e valores norteiam o nosso comportamento. São formadas desde a infância, através dos estímulos do meio, convívio familiar, ambiente e cultura em que vivemos. Estas mesmas crenças podem contribuir com o desenvolvimento, a partir do que acreditamos ser verdadeiro e certo mas também nos limitam quando temos “aquela visão” como única e verdadeira. Se eu não questiono o meu conhecimento ou a informação que esta chegando, tenho uma limitação no olhar e portanto não cresço.
A transformação e a mudança esta em abrir-se para o novo, questionar o velho padrão com clareza de onde desejar chegar, podendo encontrar belos caminhos pela frente.
Ana Penarotti é formada em Pedagogia, pós-graduada em Gestão de Pessoas e Qualidade. É Psicodramatista, Consultora com foco na Antroposofia, Gestão Estratégica em Neurobusiness e Coaching Internacional. Cursa Pós em Transdisciplinaridade é Consultora “DISC”. É co-autora do livro PNL&Coaching. Sócia da Tríax Treinamento e Desenvolvimento Humano, e docente em escolas como SENAC e Sincor.